Quem nunca ouviu a seguinte afirmação : " O mar não está para peixe."? Bom, na verdade nos últimos tempos o mar não está para ninguém. Isso porque de 34 praias da orla de Salvador e Lauro de Freitas 16 são impróprias para banho. Dados esses publicados no último sábado (05/06/2014) pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
O índice que mede a qualidade das águas, chamado de índice de balneabilidade, é realizado em 30 praias da capital e mais quatro em Lauro de Freitas, em amostragem realizada no período de cinco semanas. A praia é considerada própria para o banho quando pelo menos 80% das amostras têm menos de mil coliformes fecais por 100 ml de água.
Portanto devem ser evitadas as seguinte praias:
- Penha (em frente à Igreja N. S. da Penha);
- São Tomé de Paripe (em frente à Vila Ma;ia);
- Periperi (atrás da estação férrea);
- Pedra Furada (atrás do hospital Sagrada Família);
- Boa Viagem (ao lado do forte);
- Roma (atrás do Hospital São Jorge);
- Canta Galo (atrás da antiga fabrica da Brahma, atual FIB);
- Ondina (em frente à rua Ademar de Barros);
- Pituba (atrás do antigo clube Português);
- Armação (em frente ao clube Inter. Pass);
- Boca do Rio (em frente ao posto Salva Vidas);
- Corsário (em frente ao posto Salva Vidas e em frente ao posto Salva Vidas Patamares);
- Itapuã (em frente à Sereia de Itapoã);
- Farol de Itapuã (em frente à rua da Música / antiga rua K);
- Buraquinho (em frente à barraca de praia Chalé).
Se de um lado Cachorros, galinhas, palafitas e um cheiro peculiar. A cerca de 50 quilômetros, águas límpidas, areia branca e cheiro de maresia. Os dois extremos são as praias da Pedra Furada, na Cidade Baixa, e Stella Maris, na Orla Atlântica, avaliadas, respectivamente, como mais suja e mais limpa do ano,A única praia em Salvador que não foi considerada imprópria em nenhuma das análises do Inema este ano foi a de Stella Maris. O local onde é feita a medição é cercado de condomínios e um hotel. Com um mar aberto, a água é transparente.
O nosso esgoto termina no mar.
O que acontece com a água da descarga da sua casa? Eu
conheço pouco ou nada do sistema de esgoto brasileiro, mas sei que muita coisa
é jogada sem tratamento nenhum no mar, nosso lixão quase inesgotável que
reclama em silêncio dos maus tratos de anos a fio. Nem tão em silêncio assim ao
menos para mim.
As águas são poluídas, basicamente, por dois tipos de resíduos: os orgânicos, formados por cadeias de carbono ligadas a moléculas de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, e os inorgânicos, que têm composições diferentes. Os resíduos orgânicos normalmente têm origem animal ou vegetal e provêm dos esgotos domésticos e de diversos processos industriais ou agropecuários. São biodegradáveis, ou seja, são destruídos naturalmente por microorganismos. Entretanto, esse processo de destruição acaba consumindo a maior parte do oxigênio dissolvido na água, o que pode compreender a sobrevivência de organismos aquáticos. Já os resíduos inorgânicos vêm de indústrias - principalmente as químicas e petroquímicas - e não podem ser decompostos naturalmente. Entre os mais comuns estão chumbo, câdmio e mercúrio. Conforme sua composição e concentração, os poluentes hídricos têm a capacidade de intoxicar e matar microorganismos, plantas e animais aquáticos, tornando a água imprópria para o consumo ou para o banho
Por lei, a obrigação de ligar o imóvel à rede da Embasa é do proprietário. Ainda de acordo com a lei estadual 7.307/1998, a ligação de esgoto à rede de águas pluviais, cuja função é coletar água de chuva e desembocá-las no mar, é proibida. No entanto, em cidades como Salvador, onde o crescimento da zona urbana se deu de forma desordenada, o problema é cada vez mais recorrente, principalmente em bairros de baixa renda. Órgão responsável pela fiscalização destas ligações irregulares na capital baiana, a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) diz encontrar dificuldades para localizar os imóveis que burlam a lei e acabam poluindo o meio ambiente, através da vinculação da rede de esgoto diretamente no sistema de drenagem da água da chuva, que tem como destino final os rios e mares da cidade.
O que é necessário ser feito?
Para o superintendente de meio ambiente e projetos da Embasa, Júlio Mota, em entrevista para o jornal A Tarde, a forma de resolver este problema é uma integração entre o estado, governo federal e prefeitura, para urbanização, pavimentação e manutenção das encostas. Caso as ocupações irregulares não sejam contidas, nunca se conseguirá manter 100% da rede de esgoto conectada à Embasa. Atualmente, de acordo com Mota, são cobrados 80% do consumo da água por este serviço.
Fonte da foto: Internet
Fonte de texto: Inema, Tribuna da Bahia, Bocão News, Eco, Ambiente água
Fonte de texto: Inema, Tribuna da Bahia, Bocão News, Eco, Ambiente água
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