Ao observar os processos
naturais, percebemos que existem uma relação de troca constante e renovação
entre os elementos que deles participam. Através de um ciclo perfeito de
reuso/reciclagem, a natureza garante a manutenção deste valioso recurso
natural. Assim, constatamos que todos os processos naturais ocorrem de uma
forma cíclica, onde tudo é “reaproveitado”, ou seja, um processo em equilíbrio.
Mas o que acontece quando nós, seres humanos, interferimos nesse processo?
A poluição atmosférica tem sido citada
pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais ameaças do século XXI
à saúde pública em todo o mundo. Estudo indicam os efeitos da poluição do ar
sobre a saúde da população, agravando sintomas de doenças respiratórias,
cardiovasculares e reduzindo a expectativa de vida. A poluição do ar também
provoca avarias ao meio ambiente, influência nas mudanças climáticas e danifica
construções urbanas, corroendo materiais e monumentos. Acordos e tratados
celebrados internacionalmente tem estabelecido metas no que tange ao
cumprimento de normas que visem estabelecer políticas públicas para obter um ar
mais limpo, estimulando a adoção de atitudes locais para a promoção da redução
de poluentes atmosféricos. Países em desenvolvimento, como o Brasil, em pleno
crescimento urbano e industrial, ainda carecem de planejamento e iniciativas em
larga escala para avaliar os diversos problemas relativos ao impacto destes
poluentes.
Fonte: Internet
Como você se sente frente a seguinte afirmação: “Os soteropolitanos respiram metais”?
Cádmio, chumbo, cobre, zinco,
cromo e manganês estão presentes no ar respirado pelos soteropolitanos. O
resultado da primeira fase do estudo realizado para avaliar a qualidade do ar
de Salvador, apresentado ontem, no auditório da Secretaria Municipal do
Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente (Seplam), surpreendeu os pesquisadores.
Estudo da Fiocruz em parceria com a prefeitura identifica níveis surpreendentes
de poluição atmosférica na capital. O tráfego intenso de automóveis e de
caminhões de carga que chegam até o Porto de Salvador pode ser a causa da alta
concentração de metais pesados na atmosfera na região do Comércio. A presença
dos poluentes, considerados perigosos, foi identificada em estudo realizado
pela prefeitura, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A má
qualidade do ar de Salvador surpreendeu os pesquisadores - chumbo, cádmio e
zinco aparecem em dez pontos da capital, monitorados a partir da análise das
partículas aderentes às escamas da bromélia Tillandsia usneoides, exposta por
45 dias.
O bairro do Comércio está no topo
da lista dos locais mais poluídos. O ar do local contém cobre, zinco e cromo,
supostamente provenientes de fumaça industrial e de veículos. Stella Maris é o
único bairro onde o material encontrado não oferece nenhum tipo de risco. Respirar fundo está a caminho de
não ser mais uma prática saudável em Salvador.
O que podemos fazer para reduzir esses dados alarmantes?
- Evite acelerar o veículo desnecessariamente, quando estiver parado no engarrafamento ou antes de desligá-lo
- Não remova o catalisador do veículo. Essa ação é ilegal e provocará um aumento no consumo de combustível e perda no rendimento, pois o motor é ajustado para funcionar com o dispositivo.
- Somente substitua a tampa do tanque por outra original.
- Não é necessário ficar aguardando o motor aquecer antes de movimentar o veículo. Faça-o normalmente sem abusar do motor.
- Realize a manutenção preventiva do automóvel, pois, além de gastar menos a longo prazo, você economizará combustível.
- Qualquer sinal de danos ao sistema de escapamento deve ser verificado. Escape furado, além de provocar ruído ilegal, pode causar entrada de gases tóxicos no veículo.
- Procure utilizar combustível de boa qualidade.
- Em caso de longo tempo parado, desligue o motor.
- Uma forma de garantir níveis reduzidos dessa poluição que se torna visível principalmente nas paredes de casas localizadas em áreas de fluxo intenso seria a substituição do diesel comum pelo óleo produzido a partir de matérias-primas vegetais ou a adoção do gás natural.
- Embora uma motocicleta de 125 cilindradas tenha um impacto maior do que o de um carro 1.0 no panorama da poluição atmosférica, a primeira fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Similares (Promot) foi iniciada há dois anos. Considerando que a frota de Salvador já ultrapassa as 37 mil unidades, a fabricação de motos com catalisadores e outros dispositivos "limpos" é uma emergência.
Fonte: Internet
Você sabia ?
A legislação brasileira prevê que
cidades com mais de 500 mil habitantes devem oferecer serviço de monitoramento
da qualidade do ar para a população (Lei 8723/93). Recentemente, uma parceria
público-privada viabilizou a instalação de uma rede de monitoramento do ar em
Salvador, com capacidade de geração de dados sobre os poluentes atmosféricos. A
capital baiana é localizada numa área metropolitana industrial que possui a
quarta maior frota de veículos do país, o que possivelmente implica em grande
impacto sobre a qualidade do ar gerado pela emissão de gases e partículas
poluentes resultantes da combustão de combustíveis fósseis. Além disso, o
quadro funcional dos órgãos competentes ainda carece de qualificação, bem como
de recursos financeiros e materiais para a implementação de programas desta
natureza. Por isso, é necessário o acompanhamento sistemático destes dados para
a geração de indicadores de saúde e econômicos.
Fontes: IRDEB - Matérias Especiais, CREABA-Ba, Tribuna da Bahia, INEMA, Cetrel
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