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Construções ecológicas crescem em Salvador


Quando pensamos em construção civil, vem a cabeça degradação do meio ambiente seja no terreno ou na obtenção dos materiais utilizados na construção; mas quando o assunto são construções ecologicamente corretas ou "verdes", muito além das placas fotovoltaicas, esses empreendimentos vem ganhando mais espaço a cada dia devido a preocupação com o ambiente; ha quem diga que esse tipo de projeto não deve ser colocado com tal nomenclatura pois a justificativa é que não existem obras sem impactos, de fato não existe mais o intuito e promover edificações que tem o minimo de impactos ambientais. 

O ideal de construções ecologicamente corretas estão em expansão no mercado. São projetos como telhados florestais – feitos com plantas - uso de vidros especiais que reduzem o uso de energia elétrica, elevadores sem casa de máquina e sistema de reaproveitamento de água.
Placas chamadas de fotovoltaicas instaladas no teto dos imóveis estão sendo usadas para o  aquecimento de água em algumas construções. Áreas  comuns e de circulação com iluminação natural e utilização de sensores de presença são outras estratégias para evitar  o consumo desnecessário de energia. Para economizar água, por sua vez, construções apostam em torneiras inteligentes, que diminuem a vasão de água, e em vasos sanitários que têm dois tipos de descarga que são acionadas a depender do que será descartado.
Com prédios cada vez mais altos, o uso de elevadores é cada vez mais necessário nas contruções. Porém, eles requerem um consumo alto de energia elétrica. Para melhorar isso, elevadores estão sendo projetados com controlador lógico programável, sem casa de máquina nem engrenagem. Além de economizar energia, esse tipo de iniciativa ainda diminui a quantidade de materiais usados nas construções.
Casa ecologicamente correta deve inserir o contexto social
Para o arquiteto e professor André Santos, do curso de Urbanismo da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), mestre em planejamento urbano e regional, todas as construções precisam ter uma boa relação com o meio ambiente.
“Para que uma construção seja considerada ecologicamente correta ela tem que está inserida no contexto ecológico e social. Vai desde a escolha dos materiais até na localização do empreendimento perto do local de trabalho, para que não haja muito uso de combustível no deslocamento dos futuros moradores”, explica o professor .
“É ideal que as construções usem materiais degradáveis, como a madeira, que, no caso de ser descartada, é totalmente assimilada pelo ambiente. As edificações, para serem ecologicamente corretas precisam ser pensadas como algo que é produzido, consumido, planejado e descartado depois do uso”, esclarece o professor, lembrando que ainda não há, na Bahia, nenhuma construção 100% ecologicamente correta.
Iniciativas
Mas uma casa ecologicamente correta não quer dizer que não tenha cimento, por exemplo. No mercado, já há cimentos que são fabricados com adição de produtos que poluem menos o meio ambiente caso precisem ser descartados. 
Com o objetivo de fazer uma construção ecologicamente correta, a empresa Caramelo Arquitetos, por exemplo, está edificando no bairro Ondina em Salvador a nova sede da empresa, que atende aos critérios de preservãção ambiental. A fachada do prédio será inteiramente de vidro do tipo Guardian Royal Blue 40 – que aproveita a luz solar. Além disso, os pisos serão porcelanatos reciclados. A estrutura de piso, em alguns trechos do imóvel, está sendo constituída de um plástico de alta resistência, o polipropileno.
O arquiteto Antônio Caramelo, que está à frente do projeto, acredita que a sede do escritório ganhará, assim que for construído, o Selo Verde, através do Green Building Council (GBC), organismo de renome internacional que certifica empreendimentos ecologicamente corretos.
“A estrutura de piso elevado Remaster também segue os preceitos da sustentabilidade, sendo constituída de um plástico de alta resistência, o polipropileno, por onde passará o cabeamento de fibra ótica blindada da Furokawa. A cobertura contará com placas fotovoltaicas para aquecimento de água de lavatórios e copa. Haverá captação e tratamento de água pluvial para uso geral, assim como tratamento de águas cinzas para reuso”, complementa Caramelo.
Estratégias
Em construção na avenida Tancredo Neves, em Salvador, o Syene Corporate , da Syene Empreendimentos,  está sendo erguido com a intenção ser o primeiro edifício comercial com o título de “empreendimento verde” do Norte e Nordeste. O Syene Corporate, também projetado pelo arquiteto Antônio Caramelo, vai usar telhas termoacústicas e  vidros de alta performance em conforto térmico nas fachadas. Além disso, haverá captação e reaproveitamento das águas das chuvas, instalação de unidades coletoras de lixo  em todos os andares das torres e uso de piso elevado e forros modulados 100% reciclados e recicláveis e utilização de sanitários a vácuo.
O projeto, segundo o diretor da Syene, Alberto Lorenzo, ganhou certificação  de organismos internacionais no quesito sustentabilidade. “O selo ratifica o compromisso da incorporada em trazer para Salvador edificações especiais e tecnologias de ponta no que diz respeito à sustentabilidade na construção civil, contribuindo para a preservação do meio ambiente”, comenta.
Outro empreendimento que está sendo erguido em Salvador com perspectivas de preservação do meio ambiente é o Orizon Views Houses, da Queiroz Galvão, localizado no Morro Ipiranga. Os vidros do empreendimento  têm filtros que protegem 92% contra raios ultravioletas e 68% contra infravermelho.  O uso desses vidros especiais diminuem a necessidade do uso de ar condicionado e ,consequentemente, preservam energia do ambiente.
Referências:
http://blogjcmeioambiente.wordpress.com/2011/06/12/construcoes-ecologicamente-corretas/

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